domingo, 26 de junho de 2016
Fogo posto
(...)
à entrada da noite
como se a luz doesse
entre o desejo
e o espasmo lentíssimo relâmpago
a mão.
Eugénio de Andrade
sexta-feira, 24 de junho de 2016
terça-feira, 14 de junho de 2016
Sob o chuveiro amar, sabão e beijos,
ou na banheira amar, de água vestidos,
amor escorregante, foge, prende-se,
torna a fugir, água nos olhos, bocas,
dança, navegação, mergulho, chuva,
essa espuma nos ventres, a brancura
triangular do sexo — é água, esperma,
é amor se esvaindo, ou nos tornamos fonte?
Carlos Drummond de Andrade
segunda-feira, 13 de junho de 2016
quinta-feira, 2 de junho de 2016
As mãos
Essa região desconhecida que nos aproxima e afasta ao mesmo tempo.
Perco-me na penumbra do que queria ter gritado e não pude.
O desejo resgata-nos do abismo,
mas também se ergue o que no admite consolo.
Palavras como pássaros na solidão do ar.
Lucía Estrada
Assinar:
Postagens (Atom)