domingo, 18 de junho de 2017



Tu vens todos os dias à noitinha
E despes-te com tanta lentidão
Com tanta lentidão que se adivinha
A forma do teu próprio coração

E quando vais é já noite fechada
Não sei se vou ficar se vou sair
Não posso ter a alma sossegada
Sem saber se amanhã tornas a vir

David Mourão Ferreira


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