domingo, 4 de outubro de 2009

Pulsar

.
.
Regressar ao corpo, entrar nele
sem receio da insurreição da carne.
Nenhuma boca é fria,
mesmo quando atravessou
o inverno.
.
Uma boca é imortal
sobre outra boca: diamante
aceso, estrela aberta
quando a luz irrompe, invade
ombros, peitos, coxas, nádegas, falos.
Despertos, puros no seu pulsar,
aís os tens: esplendorosos,
duros.
.
Eugénio de Andrade
.

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails