terça-feira, 6 de outubro de 2009

Madrugada rubra

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Amar é entregar.
Tudo te dou.
Não porque tu me pedes
porque quero.
Pois te sei livre em mim
portanto espero
em ti livre perder-me:
aqui estou.
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Quero o grito o encanto
o mel o vôo
oceano e deserto
reverbero
sob o toque das mãos tuas:
bolero
só audível a mim
quando em ti sou.
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Mais que flor ofertada
aberta ao falo
sou suor sou galope
e contra-canto
o teu corpo no meu corpo
abrilhanto
e em mil sóis
saberei multiplicá-lo:
gozo imenso
eterniza a cavalgada
e enrubesce
de inveja a madrugada.
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Márcia Maia
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