sábado, 17 de outubro de 2009

Sonho

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É rouca a minha voz
na madrugada,
por entre os sobressaltos do sono
a chamar-te,vem.
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Não bailo o tango
nem canto o fado,
apenas ouço blues por distração.
Nunca espero
o fantasma de mim mesma
perdida de amor e falta
a visitar-me
nessa hora tardia.
Voz embaraçada
no meu sonho,
assim , intangível.
Porém punhal.
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O embalo dos braços vazios.
E a queda sem vertigem
da tua mão inexistente
pelos meus cabelos.
Da tua (ina)atenção
a velar-me carinhosamente.
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Amo-te,
murmura a tua minha voz
na alucinação da perda.
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Quero-te,
diz muito baixo o meu desespero,
nas horas em que me descuido.
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Silvia Chueire

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