domingo, 29 de novembro de 2009

Confissão

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Confesso que sob carícias de tortura
padeço com minha maior loucura:
estar junto de ti,
sentindo o corpo em chamas a me consumir.
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Confesso que, quando me abraças,
minha alma cai em desgraça,
deixa-se dominar e perde o tino,
subjugando-se ao teu sorriso de menino.
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Confesso que te quero tanto...
Esse amor virou magia, encanto;
virou até incurável doença,
se não estiver na tua presença.
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Confesso que o som da tua voz,
sussurrando ao meu ouvidoq
uando ficamos a sós,
desperta impiedosamente meus sentidos.
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Depois desta sincera confissão,
mereço melhor sorte
do que a ameaçadora solidão
com que me acenas como pena de morte.
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Marise Ribeiro
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