sábado, 14 de novembro de 2009

Todas as noites

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Todas as noites me acaricio
com os teus dedos,
fecho os olhos e sugo os teus dedos
sob o contorno dos meus
e conduzo-te pelo meu corpo
como tu me conduzias.
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Todas as noites
tu entras em mim por todas as portas,
a tua língua silenciosa
desperta vertigens desconhecidas
nas partes secretas das minhas orelhas
e dos meus pés.
(…)
Todas as noites
os teus dentes mordem
o meu pescoço
no sitio exato em que o meu corpo
guardava a última fechadura,
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Todas as noites
volto a subir a esse monte
dos vendavais só nosso.
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Inês Pedrosa

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