sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Ternura

.
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Traz
de novo, meu amor,
a transparência da água
dá ocupação à minha ternura vadia
mergulha os teus dedos
no feitiço do meu peito
e espanta na gruta funda de mim
os animais que atormentam o meu sono

Mia Couto

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2 comentários:

Sonia Schmorantz disse...

Gosto muito dos poemas de Mia Couto, mas não conhecia este lado sensual, muito bonito!
beijo e ótimo fim de semana

CANTO GERAL DO BRASIL (e outros cantos) disse...

Flor,
Mia Couto, mia coito... ouço-o e me calo ante o halo desses teus íntimos versos...

Abraço mineiro,
Pedro Ramúcio.

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