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O teu perfume preso à minha roupa
é um lento veneno
nos dias sem ninguém –
longe de ti, o corpo não faz
senão enumerar as próprias feridas
(como a falésia conta
as embarcações perdidas nos gritos do mar);
e o rosto
espia os espelhos à espera de que a dor desapareça.
Se me abraçares, não partas.
Maria do Rosário Pedreira
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Um comentário:
Flor:
Amiga!
Maravilhoso texto!
Paranbèns!
Agradeço estes belos momèntos de leitura:
Uma semana cheia de Luz e Muita Pàz são os meus sinceros votos
Antònìo Manuel
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