Se abrires os olhos ainda me vejo vestida de azulamor,
amor, amor, amor, amor, amor,
escrevo a palavra repetidamente até ser invisível
na distância do espelho em que me vejo, a distância de amar,
amor, amor, amor de te prender no olhar, no amor,
olhar o amor e amar, amar o gesto de amar,
amor, amor, amor, beber do corpo quente de desejo,
amor, amor, beber o amor, matar a sede de amor,
amor, amor dos que sentem calor e ainda estão vivos,
amor, amor...
E digo ai amor porque amor sem dor não é amor, amor.
Ana Saramago, aqui
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