terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Do amor que se perdeu



De súbito
sublimo
o teu corpo
[arcabouço de mil demônios
dos quais
- em êxtase -
admiro].

Teu hálito quente
convoca-me às tentações...
mas, sou eu agora
quem decide
como vou me enganar...
[e como quero morrer].

O teu sádico sorriso
não me ilude mais.
A tua retórica
alimentou leões
e o que posso te oferecer
- agora -
é um punhado
de sentimentos baldios
carcomidos e ressequidos
pelo amor que se perdeu.

Não quero mais
ser conjugada
em tuas rimas perfeitas...
[sou imperfeita
- demais -
para isso].

Por certo,
nunca mereci
o teu amor de sacrifícios.

Patrícia Lara


Um comentário:

Eu disse...

Tocante as palavras...
Sentidas no coração!
Um abraço carinhoso

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