quinta-feira, 5 de maio de 2011

Mar de Setembro



Tudo era claro:
céu, lábios, areias.
O mar estava perto,
Fremente de espumas.
Corpos ou ondas:
iam, vinham, iam,
dóceis, leves, só
alma e brancura.
Felizes, cantam;
serenos, dormem;
despertos, amam,
exaltam o silêncio.
Tudo era claro,
jovem, alado.
O mar estava perto,
puríssimo, doirado.

Eugenio de Andrade


Um comentário:

Cynthia Lopes disse...

Belíssimo poema,
lindo achado!
bjs

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