Tira-me a blusa, amor,
que eu tiro-te a camisa,
percorro-te com a língua
o ventre desvendado
e tu vais-me tomando,
tocando, mais acima,
entreabrindo as pernas puxando-me
para baixo
E nada mais sossega ou se aquieta,
afirmas,
e eu conheço a chama no corpo
desatada
essa onda rasgada
que fulmina
nos envolve - convulsa
e tresloucada
Depois, nenhum dos dois
já sabe onde termina
onde se acoita o grito devorado
Pelo prazer que rompe
e que domina
o corpo, meu amor,
do nosso desacato
Maria Teresa Horta
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