sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Do Amor - I

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Mãos que escorrem pelo meu corpo,
fio d’água.
Rio,
corrente que me ata e desata
neste nó de desejo.
Língua que desliza,
me trespassa a alma,
faz surgir a essência.
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O amplo sentido dos gestos,
do grito incontido,
no silêncio crepuscular :
surpresa aguda.
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Este mar com que te olho,
a um tempo calmo e turbulento,
é como o que nos leva :
onda de pequenas delicadezas,
e sôfrega a lamber areia e rochas.
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Pouso a cabeça num porto:
meu pouso.
Repouso sem dúvidas,
na liberdade antes desconhecida.
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Amor inesperado esse,
sem medo,
sem fantasmas,
sem degredo.
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Silvia Chueire

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Um comentário:

Helena Arruda disse...

Silvia Chueire é puro amor.

Bjs.

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