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Anda vem..., porque te negas,
Carne morena, toda perfume?
Porque te calas,
Porque esmoreces,
Boca vermelha ... rosa de lume?
Se a luz do dia
Te cobre de pejo,
Esperemos a noite presos num beijo.
Dá-me o infinito gozo
De contigo adormecer
Devagarinho, sentindo
O aroma e o calor
Da tua carne, meu amor!
E ouve, mancebo alado:
Entrega-te, sê contente!
... Nem todo o prazer
Tem vileza ou tem pecado!
Anda, vem!... Dá-me o teu corpo
Em troca dos meus desejos...
Tenho saudades da vida!
Tenho sede dos teus beijos!
Antonio Botto
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5 comentários:
Flor querida,
Lindo poema de Antonio Botto, uma ótima escolha...maravilha!!
Um grande beijo e ótima semana!!!
Reggina Moon
Eu li "flor" então corri pra ve la
pois no meu jardim cultivo as flores de mais variadas cores...
Uiii.. e que poema delicioso..
beijo deixando flores frescas e perfumadas
Ah, quem sou??? apenas uma rosa amiga
Iana!!!
Lindo, minha amiga! O teu blog continua fantástico, inspirador! Bjo carinhoso!
O Botto, que era português, mas acabou por morrer no Brasil,
tem um poema assim:
Não sou homem nem ateu;
Sou eu!
*
Alguém pegou no poema e disse:
Não és homem nem és Botto;
És roto!
*
E era...
Bjs
adorei a parte de esperar a noite preso num beijo...
muito bom!
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