quarta-feira, 30 de junho de 2010

Desassossego

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Dizer da paixão mais do que o sangue
mais do que fogo
trazido ao coração

Mais do que o golpe furtivo já ardendo
revolvendo na seda
a ponta de um arpão

Dizer da febre sem fé
do animal feroz
dos líquens abertos e dos lírios

Dizer desassossego
sem razão
da raiva silvando no delírio

Dizer do prazer o meu gemido
no quanto é ambígua esta prisão
a deixar-me livre no que sinto
e logo envenenada à tua mão

Maria Teresa Horta

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Um comentário:

Sonhos e Devaneios disse...

minha querida que lindo seus posts..cheios de sensualidade de paixao de TESAO mesmo....e de se arrepiar mesmo...beijos cheiros joao

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