quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Nuvens perfumadas



Sento-me à beira da cama que nos acolheu:
um rio que recebeu o músculo,
o sangue rumoroso e não partiu.
Um lago azul de mais e por demais queimado onde,
semi-acordada, dormes.
Uma feiticeira.

Disseste ontem à noite, acorda-me quando acordares.
Não tive coragem.

Mas o sol começou a trepar pelos lençóis
onde fomos espuma, excitação.
Minha boca não deixou que o sol entrasse sozinho.
Quando acordaste já eu navegava em nuvens perfumadas.
As árvores de ti sorriam, balançavam.

Casimiro de Brito


2 comentários:

Sonhos e Devaneios disse...

Esta poesia parece tratar de um mundo que nao conhecemos....uma ficçao..e quando se aprofunda nas palavras nota-se que nao é nada demais a nao ser um louco apaixonado que esta a descrever momentos do mais puro amor.

beijos
joao

Antònio Manuel disse...

Flor:

Amiga

Belo texto

Mas o sol começou a trepar pelos lençóis
onde fomos espuma, excitação.

*****

Adoro estar aqui!

Séu espaço è Maravilhoso

Grato pela sua Visita

Com Méu Carinho Abraço


Antònìo Manuel

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