segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Eis como eu gostaria de amar




Há certas leituras que nos fazem tomar consciência de que nada vivemos, nada sentimos, nenhuma experiência temos.

Só agora me dou conta de como as minhas experiências eram pura e simplesmente mecânicas, anatômicas.

Os sexos tocavam-se, confundiam-se, sem provocar qualquer faísca, qualquer sensação, qualquer perturbação.

Como vir a conhecer tudo isto? Como poderei eu começar a sentir - a sentir mesmo?

Gostava de ficar tão apaixonada que só de ver ao longe o ser amado me sentisse abalada, trespassada, sem forças, ficasse a tremer e a derreter-me toda entre as pernas.

Eis como eu gostaria de amar, tanto... que só de pensar no objeto amado...
atingisse o orgasmo.

Anais Nin


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