Há certas leituras que nos fazem tomar consciência de que nada vivemos, nada sentimos, nenhuma experiência temos.
Só agora me dou conta de como as minhas experiências eram pura e simplesmente mecânicas, anatômicas.
Os sexos tocavam-se, confundiam-se, sem provocar qualquer faísca, qualquer sensação, qualquer perturbação.
Como vir a conhecer tudo isto? Como poderei eu começar a sentir - a sentir mesmo?
Gostava de ficar tão apaixonada que só de ver ao longe o ser amado me sentisse abalada, trespassada, sem forças, ficasse a tremer e a derreter-me toda entre as pernas.
Eis como eu gostaria de amar, tanto... que só de pensar no objeto amado...
atingisse o orgasmo.
Anais Nin
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